Notas do Livro Gramática Latina
ed. 29, do Prof. Napoleão Mendes de Almeida
Essa página é um espaço pessoal onde compartilho minhas anotações, soluções de — exercícios e reflexões sobre o livro Gramática Latina ed. 29, do Prof. Napoleão Mendes de Almeida. O objetivo aqui é consolidar meu aprendizado e, quem sabe, ajudar outros estudantes nessa jornada.
Se a idéia do bem constitui o objeto supremo do conhecimento, a
educação para o estudo constitui a finalidade precípua do latim.
— Napoleção M. de Almeida
Prefácio
Aprender latim não tem como ponto principal a melhorar no português, é muito mais sobre desenvolver a nossa inteligência e a nossa capacidade de pensar, nos ajudando a analisar as coisas com mais cuidado, a observar os detalhes e a raciocinar de forma mais lógica.
O livro não tem por finalidade ensinar a falar latim, mas sim o estudo da gramática complexa e da estrutura das frases em latim, o qual irá desenvolver habilidades que acabará sendo útil em diversas áreas da vida, não só no aprendizado de outras línguas.
Lição 01 — Nominativo
...
Questionário
-
Quantos elementos podemos encontrar numa oração?
Podemos encontrar 6 elementos. -
Quais são os elementos que podemos encontrar numa oração?
sujeito, vocativo, adjunto adnominal restritivo, adjunto adnominal, objeto indireto e direto.1 -
Que é sujeito?
É a entidade que pratica a ação expressa pelo verbo. -
Como se descobre o sujeito de uma oração?
Identificando que ou quem (entidade) fez a ação verbal. -
Construa 5 orações e ponha um traço debaixo do sujeito. Aqui estão 5
orações com o sujeito sublinhado:
1. O sol brilha intensamente hoje.
2. As crianças brincam no parque.
3. Meu irmão adora jogar futebol.
4. Aquele carro novo é muito bonito.
5. Nós vamos viajar nas férias. -
Indique onde está o sujeito das seguintes orações (Copie frase por
frase, inteira, sublinhando o sujeito):
-
A filosofia é a ciência de todas as coisas.
A filosofia é a ciência de todas as coisas. -
O fundamento da justiça é a fé.
O fundamento da justiça é a fé. -
O autor desse livro é Pedro.
O autor desse livro é Pedro. -
De todas as coisas, a mais eficiente é o bom humor.
De todas as coisas, a mais eficiente é o bom humor -
É necessária a moderação.
É necessária a moderação. -
Nesse lugar foi encontrado um esqueleto.
Nesse lugar foi encontrado um esqueleto. -
São caducas as riquezas.
São caducas as riquezas. -
Nesse ano o rei morreu.
Nesse ano o rei morreu.
-
A filosofia é a ciência de todas as coisas.
-
Em latim, quantas funções podem desempenhar as palavras?
uma mesma palavra pode deenpenhar até 6 funções. -
Que é caso?
É representação morfológica que indica o papel gramatical específico que essa palavra desempenha dentro da estrutura da frase. -
Quantos casos existem em latim?
Existe 6 casos -
Cada caso em latim tem nome especial?
Sim -
Como se distinguem os casos em latim?
Pela terminação -
Conhece o nome de algum caso latino? Qual(is)?
Sim, nominativo, vocativo, ablativo, genitivo, dativo e acusativo -
Quando uma palavra exerce na oração a função de sujeito, em que caso
deve estar no latim?
Para o caso Nominativo -
Qual a função do nominativo?
Indicar o agente da ação verbal. -
Nas seguintes orações, quais as palavras que devem ir para o
nominativo? (Proceda como na pergunta 6):
-
O filho do vizinho estudou.
O filho do vizinho estudou. -
O sol sempre ilumina a terra.
O sol sempre ilumina a terra. -
A terra é iluminada pelo sol.
A terra é iluminada pelo sol. -
Nem sempre a lua ilumina a terra durante a noite.
Nem sempre a lua ilumina a terra durante a noite. -
O sol tem luz própria, ao passo que a lua não tem.
O sol tem luz própria, ao passo que a lua não tem. -
A fonética constitui a primeira parte da gramática.
A fonética constitui a primeira parte da gramática. -
O nominativo indica o sujeito da oração.
O nominativo indica o sujeito da oração. -
O sujeito de uma oração vai em latim para o caso nominativo.
O sujeito de uma oração vai em latim para o caso nominativo. -
Procede mal o aluno que pretende acertar as respostas do
questionário sem antes ter estudado bem a lição.
Procede mal o aluno que pretende acertar as respostas do questionário sem antes ter estudado bem a lição2.
-
O filho do vizinho estudou.
Lição 02 — Vocativo - Genitivo
Adjunto: É um termo que se junta a outro para qualificá-lo ou explicá-lo, sem ser essencial (ou seja, pode ser retirado da frase sem destruí-la). Existem dois tipos principais: adnominal (liga-se ao substantivo) e adverbial (liga-se ao adverbio).
Questionário
-
Qual é o segundo elemento que nós podemos encontrar numa oração?
O Vocativo. -
Qual é a função do vocativo?
Indicar apelo ou chamado. -
Quantas posições pode ocupar na oração o vocativo?
Três posições. -
Qual a pontuação que o vocativo sempre exige?
Vírgula (,). -
Construa três orações diferentes em que haja vocativo. Na 1.ª oração
coloque o vocativo no começo; na 2.ª no meio; na 3.ª no fim.
1. Maria, você poderia me ajudar com esta tarefa?
2. Por favor, meus amigos, cheguem mais perto para ouvir a história.
3. Que dia lindo, não acha, professor? -
A simples pontuação pode indicar o vocativo? Por quê?
Sim. Por conta da função que exerce, a vírgula é utilizada para isolá-lo do restante da oração, criando uma pausa na fala. A posição da vírgula (ou vírgulas) depende da colocação do vocativo: se estiver no início da frase, vem seguido de vírgula; se estiver no meio, fica entre vírgulas; e se estiver no final, é precedido por vírgula. Em casos de maior ênfase, o vocativo também pode ser seguido de ponto de exclamação. -
Qual é o terceiro elemento que uma oração pode apresentar?
O adjunto adnominal restritivo -
Que é adjunto adnominal restritivo? Que ideia quase sempre
encerra?
É o fenômeno de delimitar, restringir o significado do substantivo ao qual se refere, tornando a sua identificação mais precisa e essencial para o sentido da frase. Sem ele, o substantivo teria um sentido mais amplo e vago.
Quando acompanhado da preposição 'de', o adjunto adnominal restritivo pode encerrar a ideia de posse, porém essa é apenas uma das muitas ideias que ele pode expressar. A preposição 'de' também pode indicar origem, matéria, conteúdo, finalidade, etc. -
Redija três orações em que haja adjunto adnominal restritivo.
1. A notícia sobre o aumento da inflação deixou os investidores preocupados.
2. O estudante que dedicou horas extras aos estudos compreendeu finalmente a matéria.
3. A paisagem exuberante3 da Serra do Cipó durante a estação seca encanta os turistas que buscam aventura e contato com a natureza -
Qual é a preposição que em português
sempreantecede o adjunto adnominal restritivo?
A preposição de -
O adjunto adnominal restritivo em português para que caso vai em
latim?
Vai para o caso genitivo. -
O genitivo latino como se traduz em português?
Como adjunto adnominal restritivo. Quando necessário, deve-se traduzir com a preposição 'de' -
Diga para que caso devem ir as palavras grifadas das seguintes
frases (Lembre-se o aluno de que até agora estudamos somente três
casos, o nominativo, o vocativo e o genitivo - Copie frase por
frase, escrevendo abreviadamente debaixo de cada palavra grifada o
caso):
-
Os soldados defendem a pátria.
soldados → Nominativo -
Soldados, defendei a pátria.
Soldados → Vocativo -
O menino quebrou a perna.
Menino → Nominativo
perna → Genitivo -
Ó menino, não escreva dessa forma.
menino → Vocativo -
João, seu mano já voltou?
João → Vocativo
mano → Nominativo -
Seu mano João já voltou? (Não se esqueça o aluno de que a
existência ou não de vírgulas indica a existência ou não de
vocativo).
João → Nominativo -
Pedrinho não vai ao cinema, Maria?
Pedrinho → Nominativo
Maria → Vocativo -
Por que Maria não quer brincar?
Maria → Nominativo -
Por que, Maria, você não quer brincar?
Maria → Vocativo -
A casa de meu amigo vai ser desapropriada.
Casa → Nominativo
amigo → Genitivo -
Você viu, maninho, como a lição do
professor foi instrutiva?
maninho → Vocativo
lição → Nominativo
professor → Genitivo -
Nem sempre as árvores altas têm grande quantidade de
galhos.
árvores → Nominativo
galhos → Genitivo -
Homem de pouca fé, por que deixou seus filhos sem a luz
da ciência?
Homem → Nominativo
ciência → Genitivo -
João, que é feito do anel de sua
irmãzinha?
João → Vocativo
irmãzinha → Genitivo
-
Os soldados defendem a pátria.
Lição 03 — Dativo
O que é predicado? A oração é formada pelo sujeito e predicado, sendo: o suejeito é de quem ou de que se fala; o predicado é o que se diz sobre ele. Exemplo:
-
João estuda muito
Sujeito → João
Predicado → estuda muito
O que é predicação? É a função do verbo no predicado, é o verbo responsavel por ligar o sujeito a alguma ação, estado ou qualidade.
Todo verbo expressa uma ação. Essa ação parte de alguém (sujeito) e pode ou não produzir um efeito fora do verbo, exemplo:
-
Pedro escreveu uma carta
O ato de escrever produz um efeito sobre um terceiro, que, no caso, é "uma carta", pois quem escreve, escreve para alguém ou escreve algo. Portanto, sem o restante do predicado ("uma carta"), a frase não teria sentido completo, sendo, assim, o verbo de predicação incompleta ou verbo transitivo. -
O pássaro voou
O ato de voar tem efeito em si mesmo. Quem voa, simplesmente voa, o que mostra que o verbo é suficiente para dar sentido à frase, sendo de predicação completa ou verbo intransitivo.
Tabela de Resumo:
Tipo de Verbo | Predicação | Complemento | Exemplo em Português |
---|---|---|---|
Intransitivo | Completa | Não | A árvore caiu. |
Transitivo Direto | Incompleta | Sim (Objeto Direto) | Meu irmão reconquistou sua namorada. |
Transitivo Indireto | Incompleta | Sim (Objeto Indireto) | O diretor confiava em seu trabalho. |
Transitivo Dir.-Ind. | Incompleta | Sim (Objeto Direto e Indireto) | A revista dedicou duas páginas ao incidente. |
De Ligação | Incompleta | Sim (Predicativo do Sujeito) | A professora é calma. |
Complementos: Obj. Direto, Indireto e Predicativo do Sujeito
Quando o verbo é intransitivo, de predicação completa, ele não precisa de complemento, mas se é transitivo, de predicação incompleta ele precisa de um complemento, os quais são: Objeto direto e indireto, e predicativo do sujeito.
- Objeto Direto: É o complemento que se liga diretamente ao verbo, sem o uso de preposição. Exemplo: Eu vi o filme.
- Sujeito → Eu
- Verbo → vi
- Complemento (Objeto Direto) → o filme: "o" é um artigo definido que indica o gênero masculino. Assim, “filme” está ligado diretamente ao verbo “vi”, sem a necessidade de preposição.
- Objeto Indireto: É o complemento que se liga ao verbo por meio de uma preposição. Exemplo: Eu obedeço ao pai.
- Sujeito → Eu
- Verbo → obedeço
- Complemento (Objeto Indireto) → ao pai: “ao” é a junção da preposição “a” + o artigo “o”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “obedecer”, e o artigo “o” determina o substantivo “pai”. Logo, “pai” é ligado ao verbo por meio da preposição “a”.
- Predicativo do Sujeito: É o termo que atribui uma qualidade, estado, característica ou condição ao sujeito da oração. Exemplo: Joana está cansada.
- Sujeito → Joana
- Verbo → está
- Complemento (Predicativo do Sujeito) → cansada: “cansada” indica um estado, qualidade ou condição atribuída ao sujeito da oração, e o meio utilizado para atribuir ou ligar “cansada” a “Joana” é o verbo “está”.
- Outro exemplo: O menino chegou cansado. Nesse caso, “chegou” é um verbo de ação, mas “cansado” indica uma condição do sujeito no momento da ação. Como essa palavra descreve o sujeito, e não a ação, ela também funciona como Predicativo do Sujeito.
Entender qual complemento é necessário para o verbo é entender a regência verbal.
Pronomes oblíquos
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o nome (substantivo) para evitar repetições ou para situar melhor esse nome na frase. Exemplo:
- João chegou cedo. Ele foi o primeiro. (o pronome “ele” substitui “João”)
- Minha casa é azul. (o pronome “minha” acompanha “casa”)
Pronomes oblíquos são pronomes pessoais usados como complemento de verbos, ou seja, não exercem a função de sujeito na oração. Eles aparecem ligados a verbos, com ou sem preposição, e têm formas específicas.
Por que os pronomes oblíquos existem? Eles existem para:
- Substituir os objetos diretos e indiretos de maneira prática.
- Evitar repetição de palavras.
- Estabelecer relações gramaticais entre o verbo e os complementos.
Existem dois tipos principais: átonos e tônicos
-
Pronomes oblíquos átonos: Não vêm com preposição, e
geralmente se ligam diretamente ao verbo.
Pessoa Objeto Direto Objeto Indireto Eu me me Tu te te Ele o, a, se lhe, se Nós nos nos Vós vos vos Eles os, as, se lhes, se -
Pronomes oblíquos tônicos: São usados com
preposição, geralmente para dar ênfase ou esclarecer sentido.
Pessoa Exemplos Eu a mim, de mim, para mim Tu a ti, de ti, para ti Ele a ele, com ele, para ele Nós de nós, para nós, etc. - Ela falou com ele.
- Isso é importante para mim.
Dativo de interesse (caso especial explicado no § 22)
Esse dativo aparece quando algo é feito em benefício ou prejuízo de alguém, sem que a pessoa seja exatamente o objeto da ação, como nos exemplos:
Pedro lhe é bom.
→ “lhe” = a ele → dativo de interesse.
Não me aperte o braço.
→ “me” = dativo, indicando prejuízo (ao me apertar, você me causa dor).
Questionário
-
Que se entende por complemento quando se fala em "verbo quanto ao
complemento"?
É a parte restante do predicado, sendo fundamental para complementar o sentido do verbo. -
Considerados quanto ao complemento, todos os verbos são iguais? Por
quê?
Não, pois há verbos intransitivos, transitivos e de predicativo do sujeito, podendo ou não ter um complemento, e esse complemento vária em sua função enquanto ao verbo. -
Que é verbo de predicação completa? Que outro nome tem? Exemplos.
Verbo Intransitivo. Exemplo: Ele mente; Ela pula; Eles riem. -
Quantas espécies existem de verbos de predicação incompleta? Definir
cada espécie e exemplificar com orações. (O aluno deve esmerar-se no
responder a esta pergunta, porquanto versa sobre um dos mais
importantes assuntos. O § 19 deve ser aqui todo explicado pelo
aluno, com termos próprios e exemplos abundantes.)
Existe 4 verbos de predicação incompleta, há os verbos transitivos direto, indireto, direto-indireto e de predicação do sujeito (predicativo).
Os verbos transitivos são verbos que necessitam de um complemento para que hája sentido completo. Com isso, os verbos que ligam-se ao complemento sem intermediarios é chamado transitivo direto, o que precisa de um intermédiario (preposição) é chamado de transitivo indireto, há também os que necessitam de ambos, sendo pois chamados de transitivos direto-indireto.
Porém há verbos que conectam uma qualidade, estado, característica ou condição ao sujeito da oração, esse por vez é chamado de verbo de ligação. -
Como se denominam os complementos dos verbos de predicação
incompleta?
Quando o verbo é:
→ transitivo direto o complemento é um objeto direto,
→ transitivo indireto o complemento é um objeto indireto,
→ de ligação o complemento é predicativo. -
Os verbos de ligação pedem vir com objeto indireto? Como se chama em
latim esse dativo? Dê um exemplo (V. nota do § 22).
Sim, chama-se dativo de interesse. Exemplo: Eu o aprimoro. -
Como se chama o complemento do verbo estar? Por quê?
Chama-se predicativo, pois o complemento tem por finalidade atribuir estado, condição, etc. ao sujeito, e o verbo é a ponte. -
Que se entende por regência quando se estuda o verbo quanto ao
complemento?
Regencia é o relacionamento entre o complemento e o verbo, sendo pois seu entendimento o que torna possivel destinguir que tipo de complemento usar em contextos dirferentes. -
Faça o quadro sinótico do estudo do verbo quanto ao complemento.
Verbo Complemento é obrigatório? Caso em Latim do complemento Intransitivo Não - Transitivo Objeto Direto Acusativo Transitivo Objeto Indireto Dativo Transitivo Objeto Direto-Indireto Acusativo + Dativo Transitivo Predicativo Dativo de Interesse -
Qual é o quarto elemento que pode aparecer numa oração?
O objeto indireto -
Que é objeto indireto?
É o complemento de um verbo. -
O objeto indireto vem sempre antecedido de preposição? (Se a
resposta for positiva; declarar qual ou quais são as preposições que
antecedem o objeto indireto.)
Sim, pode ser as preposições: de, a, para, com, etc. -
Redija duas orações em que haja objeto indireto com a preposição *a*
e duas com a preposição *para*. (Não empregue os verbos *ir, vir*
nem nenhum outro que indique movimento.)
Fiscalizo a saida de produtos.
Digo a verdade.
João olha para a Maria.
A bruxa sorrir para a vida. -
O objeto indireto português para que caso vai em latim?
Vai para o caso dativo -
O dativo latino como se traduz em português?
Se traduz como objeto indireto, sempre acompanhado de sua preposição correspondente. -
Diga para que caso devem ir as palavras grifadas das seguintes
orações:
-
O Sol fornece luz a todos.
Sol → Nominativo
todos → Dativo -
O cão do vizinho desobedeceu-me.
cão → Nominativo
vizinho → Genitivo
me → Objeto Indireto -
Dei-lhe peras em quantidade.
lhe → Objeto Indireto -
Meninos, perdoai aos inimigos.
Meninos → Vocativo
inimigos → Objeto Indireto -
Maria e seu irmão nos deram o prazer de
visitar-nos.
Maria → Nominativo
irmão → Nominativo
nos → Objeto Indireto
-
O Sol fornece luz a todos.
Lição 04 — Ablativo – Acusativo
Adverbio: É uma palavra que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo, intensidade etc.
Exemplo:
- Ela correu rapidamente. → rapidamente modifica o verbo correu (modo).
- Está muito cansado. → muito modifica o adjetivo cansado (intensidade).
- Ela chegou cedo. → cedo é adjunto adverbial de tempo.
- Moro na Bahia.” → na Bahia é uma locução adverbial → adjunto adverbial de lugar.
Adjunto Adnominal | Adjunto Adverbial | |
---|---|---|
Se liga a... | Substantivo | Verbo, adjetivo ou advérbio |
Função | Caracterizar ou determinar algo | Indicar circunstância (modo, tempo...) |
Exemplo | o velho amigo (velho = adnominal) | falou com raiva (com raiva = adverbial) |
Questionário
-
Quais os complementos que estudamos até agora?
Os complementos foram: objeto direto e indireto, predicativo, adjunto adnominal e adverbial. -
Que é adjunto adverbial?
É um complemento não obrigatório que se liga ao verbo, adjetivo ou advérbio, atribuindo-lhes sentido de modo, lugar, tempo, etc. -
O objeto direto e o indireto são também adjuntos adverbiais? Por
quê?
Não, pois [1º] o adjunto adverbial não é um complemento exigido; [2º] não é um objeto, e sim uma circunstância de qualidade, estado, etc. -
Construa 5 orações em que haja adjunto adverbial.
1. Estudo a matéria em casa.
2. Não ignorem as pequenas dívidas durante os estudos.
3. Viajei para o Egito ontem à noite.
4. Estive muito ocupado.
5. Meu coração é como pedra. -
O mais das vezes, para que caso vai em latim o adjunto adverbial?
Vai para o caso ablativo -
Qual é o sexto e último caso latino?
É o caso acusativo -
Que é objeto direto?
É o complemento necessário para dar sentido completo ao verbo, tendo por característica a ligação direta, sem necessidade de preposição. -
Construa 5 orações em que haja objeto direto, sublinhando-o.
1. Comi morangos no café da manhã
2. Meus pais pescaram peixes.
3. Ele come o bolo.
4. Meu pai vendeu o carro.
5. Girei a maçaneta. -
Quando uma palavra, em português, exerce função de objeto direto,
para que caso deve ir em latim?
Vai para o caso acusativo - Diga que função exercem as palavras grifadas das seguintes orações, e, a seguir, para que caso devem ir no latim:
-
Estávamos conversando na sala, quando vimos, pelo
buraco da fechadura do quarto fronteiriço, um
ladrão que, tendo fugido da prisão, dirigiu-se à
nossa casa com o intuito de roubar nossas coisas.
sala → Adjunto adverbial (de lugar) ⇒ Ablativo
buraco → Adjunto adverbial (de meio) ⇒ Ablativo
fechadura → Adjunto adnominal restritivo ⇒ Genitivo
quarto → Adjunto adnominal restritivo ⇒ Genitivo
ladrão → Objeto Direto ⇒ Acusativo
prisão → Adjunto adverbial (de origem) ⇒ Ablativo
intuito → Adjunto adverbial (de finalidade) ⇒ Ablativo -
Orfeu arrastou com o seu canto as florestas e as
pedras.
Orfeu → Sujeito ⇒ Nominativo
florestas → Objeto Direto ⇒ Acusativo
pedras → Objeto Direto ⇒ Acusativo
-
Vivendo com economia, Pedro e Paulo podem
enviar dinheiro para seus pais.
economia → Adjunto adverbial ⇒ Ablativo
Pedro → Sujeito ⇒ Nominativo
Paulo → Sujeito ⇒ Nominativo
dinheiro → Objeto Direto ⇒ Acusativo
pais → Objeto Indireto ⇒ Dativo -
Fugiu por descuido do guarda.
descuido → Adjunto adverbial ⇒ Ablativo
guarda → Adjunto adnominal ⇒ Genitivo -
Pedro feriu o irmão com uma pedra.
Pedro → Sujeito ⇒ Nominativo
irmão → Objeto Direto ⇒ Acusativo
pedra → Adjunto adverbial ⇒ Ablativo -
Os homens livres dão à humanidade conforto e
satisfação.
homens → Sujeito ⇒ Nominativo
humanidade → Objeto Indireto ⇒ Dativo
satisfação → Objeto Direto ⇒ Acusativo
-
Os governos discricionários nenhuma
garantia oferecem ao cidadão.
governos → Sujeito ⇒ Nominativo
garantia → Objeto Direto ⇒ Acusativo
cidadão → Objeto Indireto ⇒ Dativo
-
Não conquisto simpatia com promessas mas com
fatos.
simpatia → Objeto Direto ⇒ Acusativo
promessas → Adjunto adverbial ⇒ Ablativo
fatos → Adjunto adverbial ⇒ Ablativo
Lição 05 — Ablativo – Acusativo
1 A existência do verbo é pressuposta quando se fala em oração.
2 Na frase há duas orações: 1ª Procede mal o aluno..., 2ª ...que pretende acertar as respostas do questionário sem antes ter estudado bem a lição. Mas há apenas um sujeito, pois a segunda oração está ligada à primeira pelo pronome relativo "que" e tem a função de especificar qual aluno está sendo mencionado.
3 Apesar de "exuberante" ser adjunto
adnominal, ele é explicativo, e não restritivo. O adjunto adnominal
explicativo apenas atribui uma qualidade, sem restringir o conjunto,
exemplo: a aluna dedicada tirou nota 10. A qualidade é
adicional, não limitadora.
"Na oração subordinada adjetiva e no adjunto adnominal, cabe
distinguir entre o caráter restritivo (limitativo) e o explicativo
(acrescentador de qualidade), o que acompanha o tratamento dado pela
gramática latina." — § 692 da Gramática Metódica